Êta calor! Pensei que fosse chover como no ano passado, mas não choveu! E olha que estava mais quente que no ano passado, quando eu tinha corrido esta prova às 15:00! Não sabia que às 17:00 o sol iria estar nos castigando assim!
Este ano, estava quase desistindo de correr a SS pois achei cara a inscrição. Porém, um passarinho me informou que tinham aberto 200 inscrições para médicos e que o CQH (Compromisso com a Qualidade Hospitalar) iria patrociná-los, e se sobrasse alguma inscrição, que eles poderiam inscrever as pessoas interessadas em correr com eles. Os lemas deles: "Médicos na São Silvestre" "O melhor remédio é a prevenção". E assim, resolvi fazer o meu cadastro para ver se sobrava alguma inscrição para mim. Sobrou! Fui correr rodeada de médicos! Se eu passasse mal, já teria alguém para me socorrer de imediato! Mas, felizmente, ninguém passou mal, apesar da água morna que tivemos que beber durante o percurso...
No ano passado, eu senti o percurso mais light, pois a chuva ajudou bastante. Terminei até com um tempo bom para ser a minha primeira participação: 01:39:12. Porém, este ano, por causa do calor, acabei fazendo um tempo bem mais alto: 01:49:51, 10 minutos a mais que no ano passado!!! É, acho que tenho que treinar mais no calor para ver se a minha resistência aumenta!
Em um trecho do percurso, estava passando com a minha "discreta" fantasia - um "hachimaki" (faixa de cabeça) escrita "hisshô"(vitória) - e ouvi duas pessoas gritando: "Olha a coreana!". Rsrs. Pois é, me confundiram! No meio do minhocão, ainda encontrei a octogenária dona Tomico More Saito. E eu disse: Gambarimashô, báchan! (Vamos nos esforçar, vovó!). Alguns passavam por ela e gritavam: Parabéns pela premiação na Corpore! Realmente, ela merece ser reconhecida. Quisera eu chegar à idade dela e continuar a correr. É realmente de dar inveja (no bom sentido, é claro). Mas o que me impulsionou a continuar correndo foi uma voz perdida no meio da multidão que dizia: "Ei, japonesa! Corre porque o Japão ainda está loooonge!" Rsrsrs. Cada coisa que a gente ouve! Me senti uma verdadeira Forest Gump.
Bem, deixo aqui os meus sinceros agradecimentos à classe médica, pela minha cura de um câncer, de um descolamento de retina, pelo incentivo para eu poder esbanjar saúde, e em especial, pela oportunidade que me ofereceram para poder estar junto a eles participando desta corrida.
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