Hoje, gostaria de postar algo diferente. Queria apresentar a vocês, uma amiga de anos. Na verdade, eu a conheci em um grupo de estudos para professores de japonês, há aproximadamente 13 anos. Porém, nosso contato nesta época foi bastante superficial, a ponto de eu desconhecer alguns fatos que somente anos depois fui saber.
Fui reencontrá-la após 11 anos, numa corrida em março de 2006. Eu estava me alongando antes da corrida quando ela veio cumprimentar e, para a minha surpresa, depois deste dia, fui saber várias coisas, inclusive que o marido dela e o meu estudaram na mesma faculdade, na mesma época! Isto tudo por causa de nossos encontros nas corridas.
Da última vez que a encontrei, numa meia-maratona em abril, eu comentei aqui sobre isto, e que ela também tinha tido um problema de saúde similar ao meu. Perguntei a ela se eu poderia postar um pouco mais sobre isto e sobre as corridas, ao que ela me respondeu prontamente. Portanto, com o objetivo de deixá-la expor diretamente os seus pensamentos, peço aqui algumas palavras à minha amiga Carolina Kazuko Sakama.
Texto da Carolina:
Há quase 14 anos, tive um adenocarcinoma gástrico, ou seja, câncer de estômago e 100% do estômago teve de ser retirado. Nunca bebi e nunca fumei, porém a predisposição genética influenciou, além do estresse pelo que estava passando na época (o câncer é uma doença psicossomática!). E quando isto aconteceu, acho que Deus me deu uma segunda chance de viver, aproveitar a vida de outra forma, para que eu fosse muito mais “eu” e para que as experiências pelas quais eu havia passado fossem úteis também para outras pessoas. (Desculpem-me a intromissão no texto da Carolina, mas eu gostaria de esclarecer aqui que a Carolina, para “aproveitar” bem esta segunda chance, além de desempenhar a função de mãe, trabalha o dia inteiro, cuida da casa e ainda arranja tempo para trabalhos voluntários!). Não consigo achar a palavra certa, mas “multifuncional” talvez seja a expressão que mais se enquadra neste meu caso. Gosto e sinto o prazer de ser “multifuncional”. Rsrs...
Depois que me casei e tive minhas filhas, fiquei mais de 10 anos sem praticar nada. Fiquei uma completa sedentária por mais de 10 anos, porém sentindo sempre falta, de alguma atividade física. Com a aproximação dos 40 anos, e com as minhas filhas bem maiores, comecei a me conscientizar mais sobre os cuidados na saúde e a qualidade de vida e bem-estar, então, além das caminhadas, comecei a buscar algo mais.
Além da corrida, eu já pratiquei basquete, patinação e tênis, todos eles antes dos meus 30 anos. Mas, na verdade, sempre achei que corrida seria uma atividade física ideal para mim, porque na adolescência, quando joguei basquete no time da escola, para o aquecimento corríamos de 5 a 10 km e na época havia adorado a experiência e me senti muito bem. Além de não exigir equipamentos e vestuários especiais, só basta um tênis e a disposição de fazer alongamento antes e depois além dos cuidados recomendados durante a atividade. Porém, até chegar aos meus 40 anos, não consegui sentar, planejar e decidir começar efetivamente a correr, porque tinha de cuidar das minhas filhas, da casa, trabalhar, sendo que meus horários (totalmente malucos) não permitiam alguma atividade física ou esporte praticado em grupo, pois eu estaria quase sempre chegando atrasada ou ausente.
Em 2004, já trabalhando onde ainda permaneço, na PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, PwC, reparei que a firma tinha uma assessoria esportiva e a firma patrocinava uma corrida (Corpore) no 1º. semestre e outra, a Maratona de Revezamento Pão de Açúcar, no 2º. semestre, incentivando muito a atividade física dos colaboradores. Fiquei curiosa por causa do agito das pessoas nas épocas que antecedem as corridas e numa dessas, na época das inscrições para a maratona de revezamento, fui olhar o regulamento na internet, para entender como eram essas maratonas e os percursos e fui também falar com pessoas que haviam participado dessas corridas/maratonas. Como nessa época, só praticava exercícios em academia e caminhada, fiquei com medo de participar de uma equipe, mesmo de 8 pessoas para correr 5km (distância mínima) e não dar conta, então, decidi começar a treinar corrida para participar no ano seguinte, de verdade. Depois de traçado o primeiro objetivo, foi fácil entrar no rítmo. Treinei durante 1 ano, desde o 2º. semestre de 2004 até o 2º. semestre de 2005. E em 2005, participei pela 1ª. vez, da maratona de revezamento PA com 8 pessoas, aproximadamente 5km para cada um. Tomei gosto. Daí não parei mais. Sabe aquela sensação de vitória por ter completado o percurso, de satisfação, de ter alcançado o seu objetivo? Eu achava que depois de correr quilômetros, nós ficavamos cansados e imprestáveis a ponto de ficar na cama o resto do dia. Que nada, a gente “cria” um pique especial, que só quem corre entende. Então, já participei da São Silvestre, corrida da Lama, Bertioga by night, meia da Corpore, etc... etc.... e o sonho meu é correr em alguma meia-maratona no exterior...
Hoje, gosto de participar de corridas de aventura, no interior, nas montanhas ou no campo, ao invés de ruas asfaltadas da cidade. Corridas noturnas de praia, são poucas, mas interessantes.
Já pensei algumas vezes em desistir de correr, mas sempre momentaneamente, pois no dia seguinte voltava a pensar que era besteira parar.
A minha mensagem a todos seria: “nunca diga nunca” e nunca desista de algum objetivo que você traçou, pois o ser humano, a não ser que você imponha tarefas muito além do limite, conseguirá realizar, cedo ou tarde. Isto exige, disciplina, persistência, paciência e perseverança, além da vontade e do mais importante que é a saúde, pois sem saúde, não somos absolutamente nada.
Obrigada, Carol. Acredito que as suas palavras irão ajudar muito as pessoas que possam estar enfrentando algum problema similar. Pessoal, se me permitirem, gostaria de aproveitar este espaço que criamos para, de vez em quando, apresentar alguns amigos especialíssimos e que me dão forças para eu também continuar caminhando. Ou melhor, correndo!
Fui reencontrá-la após 11 anos, numa corrida em março de 2006. Eu estava me alongando antes da corrida quando ela veio cumprimentar e, para a minha surpresa, depois deste dia, fui saber várias coisas, inclusive que o marido dela e o meu estudaram na mesma faculdade, na mesma época! Isto tudo por causa de nossos encontros nas corridas.
Da última vez que a encontrei, numa meia-maratona em abril, eu comentei aqui sobre isto, e que ela também tinha tido um problema de saúde similar ao meu. Perguntei a ela se eu poderia postar um pouco mais sobre isto e sobre as corridas, ao que ela me respondeu prontamente. Portanto, com o objetivo de deixá-la expor diretamente os seus pensamentos, peço aqui algumas palavras à minha amiga Carolina Kazuko Sakama.
Texto da Carolina:
Há quase 14 anos, tive um adenocarcinoma gástrico, ou seja, câncer de estômago e 100% do estômago teve de ser retirado. Nunca bebi e nunca fumei, porém a predisposição genética influenciou, além do estresse pelo que estava passando na época (o câncer é uma doença psicossomática!). E quando isto aconteceu, acho que Deus me deu uma segunda chance de viver, aproveitar a vida de outra forma, para que eu fosse muito mais “eu” e para que as experiências pelas quais eu havia passado fossem úteis também para outras pessoas. (Desculpem-me a intromissão no texto da Carolina, mas eu gostaria de esclarecer aqui que a Carolina, para “aproveitar” bem esta segunda chance, além de desempenhar a função de mãe, trabalha o dia inteiro, cuida da casa e ainda arranja tempo para trabalhos voluntários!). Não consigo achar a palavra certa, mas “multifuncional” talvez seja a expressão que mais se enquadra neste meu caso. Gosto e sinto o prazer de ser “multifuncional”. Rsrs...
Depois que me casei e tive minhas filhas, fiquei mais de 10 anos sem praticar nada. Fiquei uma completa sedentária por mais de 10 anos, porém sentindo sempre falta, de alguma atividade física. Com a aproximação dos 40 anos, e com as minhas filhas bem maiores, comecei a me conscientizar mais sobre os cuidados na saúde e a qualidade de vida e bem-estar, então, além das caminhadas, comecei a buscar algo mais.
Além da corrida, eu já pratiquei basquete, patinação e tênis, todos eles antes dos meus 30 anos. Mas, na verdade, sempre achei que corrida seria uma atividade física ideal para mim, porque na adolescência, quando joguei basquete no time da escola, para o aquecimento corríamos de 5 a 10 km e na época havia adorado a experiência e me senti muito bem. Além de não exigir equipamentos e vestuários especiais, só basta um tênis e a disposição de fazer alongamento antes e depois além dos cuidados recomendados durante a atividade. Porém, até chegar aos meus 40 anos, não consegui sentar, planejar e decidir começar efetivamente a correr, porque tinha de cuidar das minhas filhas, da casa, trabalhar, sendo que meus horários (totalmente malucos) não permitiam alguma atividade física ou esporte praticado em grupo, pois eu estaria quase sempre chegando atrasada ou ausente.
Em 2004, já trabalhando onde ainda permaneço, na PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, PwC, reparei que a firma tinha uma assessoria esportiva e a firma patrocinava uma corrida (Corpore) no 1º. semestre e outra, a Maratona de Revezamento Pão de Açúcar, no 2º. semestre, incentivando muito a atividade física dos colaboradores. Fiquei curiosa por causa do agito das pessoas nas épocas que antecedem as corridas e numa dessas, na época das inscrições para a maratona de revezamento, fui olhar o regulamento na internet, para entender como eram essas maratonas e os percursos e fui também falar com pessoas que haviam participado dessas corridas/maratonas. Como nessa época, só praticava exercícios em academia e caminhada, fiquei com medo de participar de uma equipe, mesmo de 8 pessoas para correr 5km (distância mínima) e não dar conta, então, decidi começar a treinar corrida para participar no ano seguinte, de verdade. Depois de traçado o primeiro objetivo, foi fácil entrar no rítmo. Treinei durante 1 ano, desde o 2º. semestre de 2004 até o 2º. semestre de 2005. E em 2005, participei pela 1ª. vez, da maratona de revezamento PA com 8 pessoas, aproximadamente 5km para cada um. Tomei gosto. Daí não parei mais. Sabe aquela sensação de vitória por ter completado o percurso, de satisfação, de ter alcançado o seu objetivo? Eu achava que depois de correr quilômetros, nós ficavamos cansados e imprestáveis a ponto de ficar na cama o resto do dia. Que nada, a gente “cria” um pique especial, que só quem corre entende. Então, já participei da São Silvestre, corrida da Lama, Bertioga by night, meia da Corpore, etc... etc.... e o sonho meu é correr em alguma meia-maratona no exterior...
Hoje, gosto de participar de corridas de aventura, no interior, nas montanhas ou no campo, ao invés de ruas asfaltadas da cidade. Corridas noturnas de praia, são poucas, mas interessantes.
Já pensei algumas vezes em desistir de correr, mas sempre momentaneamente, pois no dia seguinte voltava a pensar que era besteira parar.
A minha mensagem a todos seria: “nunca diga nunca” e nunca desista de algum objetivo que você traçou, pois o ser humano, a não ser que você imponha tarefas muito além do limite, conseguirá realizar, cedo ou tarde. Isto exige, disciplina, persistência, paciência e perseverança, além da vontade e do mais importante que é a saúde, pois sem saúde, não somos absolutamente nada.
Obrigada, Carol. Acredito que as suas palavras irão ajudar muito as pessoas que possam estar enfrentando algum problema similar. Pessoal, se me permitirem, gostaria de aproveitar este espaço que criamos para, de vez em quando, apresentar alguns amigos especialíssimos e que me dão forças para eu também continuar caminhando. Ou melhor, correndo!
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Mayumi boa noite, tive que apagar a msg anterior pq depois que postei descubri que tinha um erro.
Bom quando eu acabei de ler o seu relato da sua amiga Carolina eu fiquei emocionado com a história dela que até mostrei a minha esposa e filha isso que é história de superação mesmo com a adversidade que a vida a pregou nela ela não deixou se abater quando vela de novo transmita o meu recado a ela diga a ela para ela não se calar não, ela tem sim que dar entrevistas, mandar a história dela para as revistas de corridas para mostrar ao mundo o que aconteceu com ela a história dela não pode ficar no tempo e sim mostrar para muita gente que fica reclamando da vida de o meus parabéns a ela. E parabéns a vc também por relatar a história dela e nada melhor amiga do que relembrar dos amigos queridos do passado não é mesmo. Amiga ao contrário de vc eu ontem competi aqui no RJ e hoje acordei as 6 da manhá e fiz um longão de 28KM e voltei o mais rápido possível para casa para ver a maratona dessa vez eu também fiz que nem vc me enrolei debaixo da coberta para assistir a maratona. Que bom que a maratona mudou o percurso pq sair do parque ibirapuera e voltar ao parque do ibirapuera era um porre eu fiz essa maratona em 2003, pelo que eu vi o único ponto negativo dessa maratona e o percurso dentro da USP que tem várias curvas vc vai numa velocidade tal e daqui a pouco tem que diminuir para fazer a curva, bem dessa vez os quenianos tanto no masculino e feminino não se deram bem não é mesmo Parabéns aos nossos brasileiro(a)s, mais convenhamos o chiquinho do cruzeiro deu mole né, bom pelo menos ele chegou em 4º lugar. Vc falou no seu relato do cangaceiro esse cara é um herói mesmo, mais não só ele também tem o homem árvore chamado geraldo que é meu vizinho e tem um cara que não conheço pessoalmente que se fantasia de noiva os cara são feras mesmo não tem tempo eles estão sempre aí eu já corri com eles os caras são um maior barato. Eu não sabia que existia meia antibolhas vou procura esse tipo de meia deve ser ótimas não é.
Bom amiga desejo tudo de bom a vc e tenha uma semana de bons treinos.
Bjs
JC
www.jmaratona.blogspot.com
Oi Mayumi, parabéns pela iniciativa em abrir espaço para colegas corredores e suas vitórias e superações. Transmita minhas felicitações a Carolina tb, ela é uma grande guerreira, como você. Boa semana.
ResponderExcluirMayumi,
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa de abrir um espaço no seu blog para relatos de amigos, o que mostra muito da sua generosidade e desprendimento.
Congratulações a sua amiga Carolina, que é um exemplo de vida, assim como você.
Obrigado pela experiência notável que você nos proporcionaram.
Grato,
Ass.: Guilherme.
Parabéns, Mayumi !
ResponderExcluirParabéns, Carolina !
Aqui a gente se diverte, mas também se emociona, aprende e tem lições de vida.
Ola amiga, puxa nos 25km da Corpore faltou conhecer vc né!mas td bem a gente vai se encontrar...rs..lindo relato, adorei,olha ja to quase quase , quae diria quase ficando bem rs..logo vamos nos ver num desses km ai da frente, olha qdo for em alguma prova me avise assim marcaremos ok..boa semana.Regis
ResponderExcluirMayumi, valeu pelo apoio de sempre! Agora sou um maratonista e quero ver vc tb passando pela linha de chegada em breve!
ResponderExcluirBeijão
Thiago
Olha Mayumi Muito Obrigado obrigado mesmo, por trazer esta experiência para nós....
ResponderExcluirEstou sem palavras... Muito Obrigado!!!