18 de dez. de 2007

Sargento Gonzaguinha

No ano passado, tinha me inscrito para esta prova, mas viajei a trabalho e acabei não participando dela. Neste ano, fiz a inscrição novamente e fui correr. Como são 15 km, tive que me controlar ao máximo no início para não sair correndo com tudo. Fui num ritmo agradável no começo, para poder chegar bem no final. Os treinos estavam dando certo! Na maioria das vezes, treino na esteira. Muita gente não gosta, mas para fazer este controle de tempo e de rítmo, ajuda muito, pois quando você impõe uma certa velocidade na esteira, isto vai ensinando você a controlar a sua velocidade.
Nunca pensei que iria correr na beira da Marginal Tietê, um lugar que sempre passei dentro de um veículo (carro, ônibus, metrô). A experiência foi muito boa. Fui acompanhada de 2 amigos da academia e o incansável instrutor Arthur, e encontrei também o pessoal da equipe Playteam.
Antes da prova, alongamos beeem alongado, fizemos um aquecimento. Eu ainda tomei um energético que me daria asas, segundo os meus amigos, e que embrulha o estômago, segundo Arthur. No dia seguinte, na academia, perguntaram se eu estava dolorida e eu disse que não. Bastou para comentarem sobre a bebida energética que, segundo eles, me dava asas, penas, plumas, rsrsrs. E foi isto! Fui dar uma de Recruta Zero na corrida do Sargento!

Samsung

Quanta gente!!! E que calooooor! Aquela subidinha da 23 de Maio acabou comigo! Rs. Bem que tentei seguir as instruções do Arthur: passadas mais largas, passadas mais laaaargas! Mas estava difícil hoje.. no meio da subidinha, confesso que as passadas estavam ficando cada vez mais curtinhas... e então, decidi parar e... caminhar com os passos mais largos que eu podia dar. Assim, ultrapassei um monte de gente trotando. Mas depois, descobri que assim eu gasto mais energia do que trotando! Vivendo e aprendendo. O meu tempo foi o pior de todos os que eu consegui fazer nos 10 km até agora. Ainda bem que ninguém cobra os meus resultados! Rs.

11 de dez. de 2007

A corrida Contra o Cancer de Mama 2007

No ano passado, estava procurando esta corrida nos sites, mas parece que não aconteceu. Porém, este ano, mesmo sendo em outra época (em 2005 tinha sido em maio, e este ano foi em novembro), realizou-se. Inscrevi-me novamente, para contribuir por esta causa. Uma vez que você passa por tratamento de câncer, você imagina o que as outras pessoas que também sofrem com esta mesma doença devem estar passando.
Um dia antes, iria ter a entrega dos kits. Fui pegar o kit e ainda comprei camisetas com o símbolo do "alvo da moda"!
O percurso da corrida não era a mesma do do ano em que participei pela primeira vez. Aliás, esta corrida tinha sido a primeira que participei depois que comecei a correr. Só que da primeira vez, o percurso era de 10 km pela 23 de Maio. E o desta vez, tinha 5,5 km. A caminhada também diminuiu de distância, passou de 5 km para 4 km.
No dia da prova, choveu torrencialmente. Até comentei com uns amigos: "Poxa, me curar de câncer e morrer de pneumonia, não dá!" Rs. Mas, o percurso foi tranqüilo. Acho que sofreram mais os que foram caminhar, pois a chuva não parou nem um minuto. Mas, com certeza, ficamos muito felizes em poder participar desta corrida! Não poderia deixar de mencionar que os meus amigos da Playteam, neste dia, apesar da chuva, foram correr e com a camiseta do evento, deixando de lado a camiseta laranja da equipe, para serem solidários com a causa! Fiquei emocionada!
E vamos para mais uma!

7 de dez. de 2007

Volkswagen Run

Em maio, quando estava correndo a Nike +, no meio do caminho alguém grita: "Vamos Mayumi, liga o turbo!" Era Fábio Luciano, da Playteam. Sabe o que eu fiz? Liguei o turbo! Saí correndo, o mais depressa que eu pude, quase fundiu o meu motor 1.0! Depois desta, pensei: "Se este ano tiver a corrida da Volkswagen, vou participar para ver como fabricam os carros com turbo! Rs. E assim que abriram as inscrições, lá estava eu me inscrevendo!
Na fria manhã do dia 30 de setembro, levantei-me um pouco cansada, pois estava com princípio de gripe... acho. Mas, não poderia perder esta corrida! Esperei tanto para ver o turbo! Rs. Bem, já que levantei, vou me trocar e enfrentarei o frrrio! Fui lá... tinha umas rampas e descidas também, um percurso novo, muito gostoso... mas para ver a linha de montagem do novo Polo, precisava subir duas rampinhas! Rs. E lá fui eu, ligando o turbo com tudo! No meio do caminho, tinha alguns operários que torciam por nós, gritando as mais inusitadas palavras: "Vai, sashimi!" Nossa, será que estão me chamando de gostosa? Rs. Acho que sim! Deixe-me retribuir: "É isso aí, feijoada!" Pronto, chamei-os de gostoso, também! Rs.
Aquele friozinho gostoso, e eu quase não suei! O turbo parecia estar funcionando bem! Terminei a prova em 59:55. Para quem quase sempre chega depois de mais de 1 hora de prova, estava bom demais! Porém, depois desta prova, o meu turbo quebrou de vez! Fiquei cheia de catarro no peito, tão cheia de catarro que, quando respirava fundo, até chiava! Tive que ficar de molho por 3 semanas! Mas, quando o catarro se foi, voltei a caminhar, a trotar e a correr, novamente! No início, até doía o peito quando respirava fundo, mas depois de uma semana, já estava "consertada"! Rs. E vamos ligar o turbo novamente!

6 de dez. de 2007

Running Show

No ano passado (2006), fui à primeira feira de artigos esportivos que foi realizada na Bienal do Parque do Ibirapuera. Junto com esta feira, acontece também a Adventure Fair, que é muito boa, onde se vende artigos de camping, oferece-se informações sobre turismo ecológico, etc. Este ano, resolvi ir à feira novamente. Só que, para não enfrentar as filas na bilheteria, acabei comprando os ingressos pela internet. E quando eu os adquiri, no final do formulário, tinha um lugar para escrever uma frase sobre o Running Show, a qual concorreria a uma passagem de ida e volta para participar da Maratona de Nova Iorque. Pensei um pouco, e como estava com pressa, eu pensei: poxa, como a gente corre nesta cidade maluca! Ah, é isto! Vou escrever: "Tem Running Show na cidade que não pára de correr!" Passou-se quase um mês após a realização da feira e veio um telefonema avisando que a minha frase tinha ganhado o concurso! No início, pensei que fosse um trote, mas realmente, tinha participado do concurso e ganhado. Porém, o que ganhei foi somente a passagem de ida e volta, todo o resto do pacote, eu terei que adquirir depois. E o mais preocupante: o treino! Teria que iniciar imediatamente! Temos apenas um ano e pouco para isto! O máximo que cheguei a correr foram 15 km! Bem, estou tentando me disciplinar, seguindo a planilha do Arthur, e apoiado pelo meu marido que será tradutor, intérprete, acompanhante, fotógrafo... nesta empreitada! Logicamente, agora, temos que seguir em frente e não olhar para trás! O medo do ônibus me pegar já passou (vide o meu segundo post)! Mas, e o tempo? Bem, eu tenho que correr atrás!

Corrida em Juquitiba



Tri-Iron... sim este era o nome da academia organizadora da corrida dentro de uma pousada simpática em Juquitiba. O percurso era totalmente dentro desta pousada, e tínhamos que fazer 4 voltas iguais de 2,5 km. Fui atraída pela pousada, na verdade, que era realmente um lugar muito agradável. Anunciaram esta corrida no site da Ativo e diziam que todos que completassem a prova, receberiam um troféu. Perguntei ao organizador do evento, o prof. César Leite da Tri-Iron, do objetivo do evento e ele me respondeu: Sabemos que para um atleta amador, é muito difícil ele pegar um pódio. Nós da academia, pensamos numa maneira de incentivar todos estes atletas que treinam corrida, proporcionando a sensação de subirem ao pódio e receberem um troféu. Este é o intuito. Muito simpático da parte dele. E gostei do pessoal também! Conheci um rapaz que, por pouco ele não foi reconhecido mundialmente. Sabe porque ele não foi? Porque na hora H, faltou patrocínio para ele fazer uma prova em Curitiba naquela época (mais de 20 anos atrás). Um outro atleta que foi (não me recordo o nome dele), foi chamado para ir aos EUA, recebeu treinamento, etc. , sendo reconhecido posteriormente, mundialmente. Fique pensando quantos não passaram pela mesma situação dele...
Falando um pouco do percurso, sabe que tinha até uma escadaria no meio? Rs. Isto mesmo, uma escadaria... depois uma trilha, que no meio tinha um tronco de árvore tão grande, que eu não sabia se sentava para passar para o outro lado ou se pulava com tudo (do jeito que sou baixinha, acho que o jeito era sentar e passar para o outro lado, né? Rs.)
Sei que foi muito bom, tanto o passeio quanto a corrida. Espero que tenha mais corridas assim!

5 de dez. de 2007

Super 40

Dia 1º de julho de 2007. Esta seria a data da corrida Super 40, corrida de revezamento.
Lembram-se daquela amiga que foi me ver correr a São Silvestre e que chegou atrasada? Pois é, a própria, a Minori! Foi ela quem teve a idéia de corrermos a Super 40! Mas, quem iria correr conosco? Ah... bem, vamos olhar à nossa volta no trabalho e ver quem tem cara de quem corre! Rs. Afinal, se arranjássemos 10 pessoas, cada uma teria que correr apenas 4 km! Bem, então comecemos a "recrutar" as pessoas: Mine e Maki que foram me assistir ao vivo na SS... até agora somos em 4 pessoas, mas em 4, cada um teria que correr 10 km. Para quem nunca correu, isto é muito complicado! Sem falar no preço da inscrição, que é de R$300,00 por equipe. Então... ah, o vice-diretor! "Por acaso o senhor se exercita? " "Ah, sim eu corro na esteira." "Por quanto tempo?" "Uns 30 minutos." Pronto, mais um! Olha, o Fabiano! Ele veio fazer a manutenção do micro! Vamos perguntar! "Fabiano, você quer correr 4 km?" "Como assim?" "Num revezamento, vamos, parece que vai ser no Autódromo de Interlagos." "Opa! Vamos lá, posso convidar o meu primo?" Mais 2! O professor Alexandre! Ele disse que corria antigamente! Disse que chegou a correr 20 km dentro da USP, quando o tempo da corrida era medido sem chip! "Alexandre, você quer voltar a correr?" Mais um! E a Keika, será que ela topa? Ela disse que gostava de correr. "Keika!" Mais uma. E a Minori perguntou para o irmão dela, Mitinobu, quando ele voltou da faculdade naquele dia, se ele queria correr: "Miti, você quer correr no Autódromo?" E ele respondeu: "Ah, sim, posso ir, mas agora estou cansado! Pode ser amanhã?" Rsrsrs. Ai, este cara! E a equipe estava formada! Bem, agora, quem vai ser o capitão? Tem que ser a pessoa que chamou, né? Minori? Mas... como faz a inscrição? Onde paga? Chip? Ai, vai começar de novo! Rsrs. Bem, sem perceber, já estava fazendo a inscrição, a Minori estava desenhando a nossa camiseta... e o nome da equipe? "Kame-kame Club" (kame=tartaruga). A camiseta ficou legal! Verdinha tartaruga! O Fabiano não gostou da cor, mas como ele não opinou...
Todos treinando por conta, em academias, parques... poxa, temos que marcar um treino coletivo! Mas... a corrida não vai ser mais no Autódromo, vai ser na raia olímpica da USP! Bem, menos mal, pois é tudo plano! O dia da corrida se aproximando, todos treinando para os 4 km. Um dia a gente marca de treinar na raia... e este dia foi no sábado da semana anterior à corrida.
Uns foram, outros não, mas todos continuam treinando bravamente!
No dia da prova, havia mais duas corridas, o que fez com que a Super 40 fosse uma corrida com poucas pessoas e super-confortável para nós. Estacionei o carro num bolsão ao lado da raia, bem atrás de um ponto de ônibus que tinha cadeiras e cobertura. E como tinha levado um lanchinho, água e isotônico e deixado no porta-malas, a torcida ficou numa posição bem estratégica: no ponto de ônibus, com acesso ao lanche do porta-malas.
A torcida maravilhosa! Não poderia deixar de mencionar: Ana Márcia confeccionou até bandeirinhas para torcer por nós, e levou uma torta caseira! A Cecília, tentou ir a pé para a USP, mas o portão estava fechado, então teve que pegar um táxi para chegar ao local. A Yumiko e a Tininha foram de ônibus! E a Elza, estava trabalhando, mas trouxe o "trabalho" (uma visita) para a corrida! Olha, foi uma festa!
Bem, o resultado de tudo isto? Tem gente perguntando quando começa a inscrição para o ano que vem, outros dizendo que não querem mais correr... sei que o Fabiano viciou! Já participou de umas 4 corridas depois da Super 40! E no ano que vem, disse que vai correr mais rápido que o primo dele! Cristiano que se cuide! Mas o mais emocionante foi ver a filha da Elza dizer que queria correr também. E não é que ela participou da Corrida Infanto-Juvenil e pegou o segundo lugar da categoria dela? Parabéns!

A caminhada

Maio de 2007, mais de 1 ano de corridas depois da recuperação TOTAL! Fiz a cirurgia de catarata e tive que parar por mais 1 mês. Mas, desta vez, foi tranquilo, pois não precisei ficar de cabeça para baixo. O médico só permitiu que eu andasse! Rs. Então, na semana que fiquei de licença, andei, andei andei... para vocês terem uma idéia, o consultório dele fica no Alto da Lapa. Desci do metrô na Vila Madalena e fui caminhando até lá... deu uns 45 minutos de caminhada. Razoável, deve ter dado uns 5 km. Bem acho que caminhadas assim fazem muito bem!
E como eu não podia correr mas tinha me inscrito na Tribuna de Santos, troquei a minha inscrição de corrida por uma de caminhada. Lá, a caminhada é de 10 km! Na medida! Lá fui eu para a minha primeira caminhada oficial! Encontrei alguns amigos: a Márcia, o Augusto... a Jackelyne que deu a idéia de eu fazer este blog... conheci o Nadais... E todos foram correr. Eu fui caminhando em rítmo bem forte rs, e conclui a caminhada em 01:29:30. Nada mal, né? Segui os conselhos do meu treinador, Arthur: passadas largas, passadas largas. Com estas pernas curtas, fiz o máximo de esforço que eu podia! Rs.
No percurso, avistei um senhor vestido de palhaço. Ele estava caminhando também. E na calçada, tinha algumas crianças que apontavam para ele e diziam: "palhaço, palhaço!". E um outro senhor, que não tinha visto o palhaço, parou para dar um sermão às crianças: "Olhe, crianças, não chamem as pessoas de palhaço, isto é muito feio! Respeitem as pessoas..." As crianças ficaram olhando para o senhor com cara de quem não estava entendendo nada, quando o palhaço passou pelo senhor "Sermão". E então, ele ficou sem graça e disse: "Ah, o palhaço!" Rsrs.
É... devemos respeitar as pessoas! Corrida também é educação!

A Corrida de São Silvestre


Fôlego recuperado, participação em algumas corridas, treino de semana com planilha em dia, sem atropelos e com a supervisão rigoroso do Arthur (ele continua gritando: passadas mais largas, pisa com o calcanhar, olha postura...) e lá vamos nós, sempre tentando "esticar as pernas" (rs). Bem, algumas corridas mais longas uma vez por semana e... será que eu posso participar da São Silvestre? Permissão concedida, lá vou eu me inscrever.
Fiquei só pensando na subida da Brigadeiro naquele calor de matar... porém, felizmente, começou a chover bem na hora que estávamos sentindo aquele calorzão! Parecia um chuveiro! Sorte nossa! Sei que, quando chegamos lá na República, um rapaz grita: "Esta São Sivestre só tem chinesa, coreana e japonesa?" Olhei para os lados e... não é que eram todas orientais? Rsrs. Bem, prosseguindo o percurso, quando faltavam só 2 km, estava ficando aliviada. Viramos a esquina e, eis que surge a tão temida Brigadeiro! Ah, mas não podia desistir agora, e nem andar, pois 3 amigos que trabalham comigo disseram que iriam me esperar na frente do Extra! Já imaginou a decepção deles se eu passasse andando por eles? Rs. Vamos lá, pega um copo com água e... vamos com tudo! Aproximando-me do Extra, a chuva continua caindo e... eis que avisto o Mine! Não é que ele veio me ver passar nesta chuva? Mas que louco! Acho que as meninas desistiram porque estava chovendo muito! Bem, pelo menos, tenho uma testemunha que me viu correr a SS!

Terminada a prova (fiz em 01:39:12), alonguei-me e estava andando em direção ao Paraíso, quando na minha frente aparecem os 3 amigos juntos! As duas meninas chegaram atrasadas! Rs. Vai ver que elas pensaram que eu ia chegar mais tarde! Na verdade, tinha dito a eles que eu terminaria a prova em 2 horas! E pasmem: elas trouxeram até toalha para eu me enxugar! Valeu, Minori, Maki e Mine!

Orkut e Playteam

Um dia, estava fuçando a comunidade Corpore no Orkut, postei uma pergunta sobre como poderia recuperar o fôlego depois de um bom tempo parada. Estava treinando com planilha e tudo na academia, mas sabe quando queremos a opinião de mais pessoas que correm, que já passaram pela mesma situação? Pois é, este foi o intuito da minha pergunta. Não que eu não tivesse sido orientada e soubesse mais ou menos da resposta. Mas eu queria relatos de experiências similares para eu poder confirmar o que eu estava sentindo e como as pessoas fizeram nesta mesma situação. Sei que uma das respostas foi do Ricardo da Playteam. Ele disse: entre para a Playteam. E, quando fui correr a corrida do Centro Histórico em 2006, avistei a tenda da Play (na época, uma barraca verde e pequenininha), e como já havia me perdido do pessoal que estava comigo, resolvi dar uma paradinha para conhecer o Ricardo e sua turma. Naquele dia, comprei uma camiseta laranjinha, e a primeira corrida que participei com a camiseta foi a Corrida da Paz, na Amcham. Na reta final, quando estava quase cruzando a linha de chegada, ouço um rapaz gritar: "Vai, "peitin"!" ??? !!! Que desaforo! - pensei. Depois percebi que ele estava dizendo: "Vai, Playteam!" É, tenho que limpar os ouvidos! Rsrsrs. Mas, depois deste dia, já ouvi isto muitas vezes. Sabe quem era o rapaz do "peitin"? O Maurício Nóbrega, marido da Maristela. Imagina se ele iria gritar isto ao lado da esposa. Lógico que não! Hoje, descobrimos mais afinidades além da corrida. Antigamente, eu era fã do cantor português Roberto Leal, cujo nome verdadeiro é Antonio Joaquim Fernandes. Descobri que a mãe dele era portuguesa da Ilha da Madeira, e a esposa dele, é descendente de japonês! Ai, que saudades que tenho da minha terra natal, ai que saudades que tenho da minha terra natal.... ai verde gaio ai zás trás tras... adeus que eu vou me embora... ai bate o pé, bate o pé, bate o pé... sim, sim, bater o pé para correr! E vamos lá!

Correndo em Gramado

Numa bela manhã, em Gramado, eu pergunto para o gerente do hotel onde poderia “fazer uma caminhada”. E o gerente, sem saber do “não senso de direção” da hóspede, mostra o caminho que vai ao Lago Negro, pela porta dos fundos do hotel! “Olha, a senhora segue por aqui, sempre ladeando esta rua e vai dar lá!”. Simples! Fui, correndo correndo, correndo, e cheguei lá, no Lago Negro. Ainda, no meio do caminho, um senhor de uns 70 anos que também estava correndo perguntou se o Lago Negro era naquela direção e a “hôkô onti” (pessoa sem noção de direção) aqui ensinou o caminho, meio duvidosa! Bem, por esta “boa ação”, eu fui premiada! Na volta, quando fui descer a rua que subi, descobri que na ida, não tinha prestado atenção nas bifurcações e fui parar na avenida! Minha nossa, acho que estou perdida! E o pior: “Qual era mesmo o nome do hotel? Era nome de flor! Bem, eu vou perguntar no posto de gasolina. Moço, onde fica um hotel com nome de flor aqui perto?” “Ah, Hotel das Hortências! Olha, vai deste lado, vai lá para o centro de Gramado, e aí a senhora vai avistar o hotel.” Corri, corri, corri, sei que já estava correndo há uma hora e dez minutos, quando cheguei ao Hotel das Hortências e... percebi que não era aquele o hotel! Tim, Tim, Tim, Tim. O recepcionista do hotel me atendeu: “Moço, o senhor pode me informar se aqui perto tem outro hotel com nome de flor?” “Ah, o Hotel Azaléia? Mas, a senhora veio a pé de lá?” “Sim, vim correndo de lá, mas antes corri até o Lago Negro, depois desci para a avenida, depois vim para cá.” “Baaaa, mas tu correstes tudo isto, tchê?” Ah, sim, mas então o hotel fica longe?” “Éee, digamos que de táxi, fica há uns 10 minutos.” “O senhor pode me chamar um táxi, por favor? E se o senhor puder, pode me emprestar o telefone, pois todos devem estar preocupados comigo.” “Alô, mamãe, estou voltando de táxi. Estou bem, mas me perdi! Rsrsrs.” Chegando no hotel, a cena cômica: 18 amigos e minha mãe, todos na porta do hotel, esperando para aplaudir a "hôkô onti" chegar de táxi de uma corrida!

Recuperando o fôlego

No ano seguinte, em março, fui participar de uma corrida de 6 km na USP. Estava me recuperando ainda do baque de ter ficado parada por 5 meses e pouco. Estava treinando há 4 meses, e já estava conseguindo correr um pouquinho mais sem me cansar tanto. Afinal, tinha que conseguir correr mais, senão, eu poderia voltar a ter 10 kg a mais! Não, nem pensar! Reeducar a alimentação, já havia conseguido, mas carregar 10 kg a mais, nunca mais!
Bem, a corrida começou e lá vamos nós, pelo retão, depois tinha uma viradinha e uma subidinha de leve, mas que, para quem estava recuperando o fôlego, tinha que ser corrida um pouco mais devagar e respirando fuuuundo! Até aí, tudo bem! Só que... alguém na minha frente, soltou um gás com um... cheiro de enxofre... que eu e mais uma menina que estávamos atrás desta pessoa, tivemos que sair, cada uma para um canto, com um sorriso amarelo... abrindo um enorme espaço atrás da pessoa! Ai... lá se foi meu fôlego pelo espaço... mas, continuei... maaaaais devagar ainda rsrsrs. E repirando, não tão fundo como estava, porque senão, ia desmaiar! Consegui chegar em 38 minutos e pouco. Até que, para quem repirou gás venenoso, não estava tão mal!

A Corrida de Natal

Como escrevi há pouco, esta foi a primeira corrida que participei depois de ter recuperado a minha visão do olho direito. Vi tantos Papais Noéis, vi tanta gente de gorrinho... verdadeiro espírito natalino! E eu, tinha ganhado o meu melhor presente de Natal: a minha visão de volta! Valeu a pena ter ficado quietinha, e agradeço a todos que cuidaram de mim neste tempo todo, que se preocuparam comigo! Realmente, é um teste de paciência muito grande!
E naquela noite, sonhei que estava correndo vestida de quimono! Será que foi de tanto ter visto gente com roupa de Papai Noel na corrida? Acho que também queria estar com roupa diferente! Rs.